7 de abril de 2008

A Ofensa Perfeita

- Alô? Oi querida! Bem, desculpa eu telefonar assim para dizer uma coisa dessas. É que eu tive uma idéia, é possível de ser executada, e é uma obra prima. Eu descobri a ofensa perfeita. O problema é que é com você. E eu nem poderia fingir outra pessoa, porque ela se encaixa perfeitamente em sua personalidade, em sua alma, é a obra suprema da depreciação, é o máximo que o xingamento pode atingir. O problema é que eu sei que quando eu dizer esta ofensa você vai terminar comigo e me odiar para todo o sempre. Por isso a obra máxima da minha vida terá de ser mantida em segredo para que eu não perca você. Fiquei neste grande dilema e decidi deixar nas suas mãos: coloquei a ofensa dentro de uma carta, e enviei para você. Caberá a você decidir nosso destino. Se você gostar de mim, joga a carta fora. Ou você lê a carta, quer dizer que termina comigo, ou você joga a carta fora, e decidirá ficar comigo. Pedi para o carteiro se apressar e a carta agora deve estar em suas mãos. Peço para você ser ponderarada e fazer sua decisão com muita cal...

Ela rasgou o envelope e em suas mãos havia uma flor.

CONTINUAÇÃO

Na verdade ele estava falando no telefone celular, na porta da casa, e ele passou o envelope por debaixo da porta, ele quebra o silêncio chutando a porta, ele agarra a mulher e come ela.

CONTINUAÇÃO

Na verdade ele tinha escrito na carta:

você é como um sapo;
se costurar o nome de alguém dentro da sua boca, coisa ruim acontece!

Mas o carteiro trocou as correspondências acidentalmente. E poderia vir uma conta de água, poderia ser um convite de casamento, mas o correio do destino trouxe um envelope com uma flor dentro! E ele comeu a mulher mesmo assim, mas precisou pedir licença.

3 comentários:

Unknown disse...

não foi de 4, né?

Fontes disse...

Cara, muito bons seus dois blogs, esse e o Vidrinho. Seu humor me faz lembrar Drummond velhinho misturado com o pequeno príncipe, com um toque de acidez. Parabéns. Provavelmente irei me tornar visitante assíduo daqui.

Abraços desencaixados, pai.

Luísa Costa disse...

ai, homens não deveriam falar comer.

mesmo porque.. anatomicamente... enfim.